[Resenha] Precisamos Falar Sobre o Kevin

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

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Edição de 2007
Edição de 2012



Precisamos Falar sobre o Kevin -
Lionel Shriver


Editora: Intrínseca
Número de páginas: 464
Lançamento: 2007/2012
ISBN: 978-85-98078-26-7
Skoob
Avaliação: 5/5




SinopsePara falar de Kevin Khatchadourian, 16 anos – o autor de uma chacina que liquidou sete colegas, uma professora e um servente no ginásio de um bom colégio dos subúrbios de Nova York –, Lionel Shriver não apresenta apenas mais uma história de crime, castigo e pesadelos americanos: arquiteta um romance epistolar em que Eva, a mãe do assassino, escreve cartas ao marido ausente. Nelas, ao procurar porquês, constrói uma reflexão sobre a maldade e discute um tabu: a ambivalência de certas mulheres diante da maternidade e sua influência e responsabilidade na criação de um pequeno monstro. Precisamos falar sobre o Kevin discute casamento e carreira; maternidade e família; sinceridade e alienação. Denuncia o que há de errado com culturas e sociedades contemporâneas que produzem assassinos mirins em série e pitboys. Um thriller psicanalítico no qual não se indaga quem matou, mas o que morreu. Enquanto tenta encontrar respostas para o tradicional “onde foi que eu errei?” a narradora desnuda, assombrada, uma outra interdição atávica: é possível odiarmos nossos filhos?



     O livro constitui uma série de cartas que Eva, mãe de Kevin, escreve ao marido após a chacina. Ela fala sobre seus sentimentos em relação a Kevin desde que ele nasceu até hoje, através de suas lembranças. 
    Eva fala do comportamento de Kevin desde bebê, dos indícios que ele dava e ninguém nunca percebeu (fingiu não perceber), do amor cego do marido pelo filho, das decisões que tomou, das frustrações de ser mãe de um garoto tão incomum..
     Sua vida estaria dividida (perdida) após aquela quinta-feira. Agora ela está só no mundo e só tem Kevin, que ela continua visitando na instituição quinzenalmente. Não que haja muito o que se dizer.
"O que deu em nós? Éramos tão felizes! Então por que motivo retiramos todas as nossas fichas e as pusemos nessa aposta ridícula de ter um filho?
"Franklin, eu tinha verdadeiro pavor de ter um filho. [...] E creio que foi esse terror que talvez tenha me atraído, da mesma forma como um parapeito nos tenta a dar o salto. 

     A leitura não é simples, mas a autora fez um trabalho esplêndido! Eu adorei o livro e a forma como ele nos faz pensar no assunto. Em como é inevitável pensar em culpa. Será que foi a criação, os pais ou Kevin nunca teve jeito?
      Em muitos momentos odiei o pai de Kevin, por não enxergar quem o filho era. Ele atrapalhou mais do que ajudou na criação do menino (o que não é motivo suficiente para lhe apontarmos o dedo).
     As histórias sobre o comportamento de Kevin desde bebê são inacreditáveis. Você não imagina que uma criança não pode não ser inocente, não é mesmo? Mas não, as crianças não são inocentes assim.
      Além disso, o final não podia ter sido melhor. Recomendadíssimo!


Confiram o trailer:









2 comentários:

  1. Ah, confesso que tenho grande curiosidade em ler esse livro, pelas criticas li que até o momento parece que ele tem uma carga emocional bem grande, particularmente gosto quando livros mexem com os sentimentos dos leitores.. Enfim, adorei sua resenha.

    Beijos&beijos
    Book is life

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