[Resenha] Antes Que Eu Vá

Antes que eu vá - Lauren Oliver

Editora: Intrínseca
Número de páginas: 358
Lançamento: 2011
Skoob

Sinopse: Samantha Kingston tem tudo: o namorado mais cobiçado do universo, três amigas fantásticas e todos os privilégios no Thomas Jefferson, o colégio que frequenta - desde a melhor mesa do refeitório à vaga mais bem-posicionada do estacionamento. Aquela sexta-feira, 12 de fevereiro, deveria ser apenas mais um dia de sua vida mágica e perfeita. Em vez disso, acaba sendo o último. Mas ela ganha uma segunda chance. Sete "segundas chances", na verdade. E, ao reviver aquele dia vezes seguidas, ela desvenda o mistério que envolve sua morte - e, finalmente, descobre o verdadeiro valor de tudo o que está prestes a perder.

     Morte. Alguém já parou para realmente pensar sobre isso? Sobre o que isso significa e as coisas  que esse fato - a morte - vai tirar de você?

     Samantha Kingston, ou Sam, sai de casa numa sexta-feira, 12 de fevereiro, e não sabe que será seu último dia.

     "A questão é: você não tem como saber. Você não acorda com uma sensação estranha no estômago. Não vê sombras que não existem. Não se lembra de dizer a seus pais que os ama ou - no meu caso - nem mesmo se despede deles."

      Samantha passa o dia como qualquer outro e, à noite, vai a uma festa na casa de Kent com suas amigas: Lindsay, Elody e Ally. Todas tem os seus defeitos e já fizeram coisas que não se pode admirar. Elas são populares e acham que isso dá a elas o direito de fazerem o que bem entendem, desde bebidas, cigarros, tirar sarro de todo mundo e saírem ilesas sempre. Às vezes eu achava as atitudes delas imbecis, mas percebi que no fundo elas faziam as coisas sem pensar, faziam para esconder os próprios medos e inseguranças. Não senti raiva delas.

     Depois da festa há um acidente e Samantha morre. Mas ela tem a chance de consertar as coisas e fazer com que sua vida - ou pelo menos o último dia dela - seja diferente. Ela tem a chance de reviver seu último dia, 12 de fevereiro, 7 vezes.  

     E é isso que Samantha faz: tenta consertar as coisas nesse último dia. Cada vez que ela acorda, ela tenta mudar alguma coisa pra melhor. Mas ela acerta umas coisas e piora outras, até porque a gente não sabe que atitudes podem realmente fazer a diferença na vida de alguém.

     A cada dia ela vai percebendo coisas que ela não tinha dado importância antes, atitudes dela que ela nem sabia o motivo de ter, pessoas que ela pensava que conhecia, mas na verdade não sabe nada a respeito. E eu torci por ela. Torci para que ela conseguisse consertar as coisas, que ela pudesse melhorar as vidas que ela ia deixar pra trás a qualquer momento, porque ela não sabia até quando ela poderia reviver aquele último dia e continuar tentando.

     E há pessoas como Kent que "estava ali o tempo todo só você não viu" (desculpem!), que era amigo de Sam, mas nem se falavam mais. O que me fez pensar em quantas pessoas estão tão perto e a gente só percebe tarde demais.

     O livro tem 7 capítulos, um para cada vez que ela revive seu último dia. Os capítulos são bem grandes e é incrível como você lê e não percebe. Nunca vi uma leitura fluir tão bem. 
     Pensar sobre a morte não é fácil (pelo menos pra mim), a gente não sabe como, quando ou onde vai acontecer. E esse livro me fez refletir sobre muitas coisas. Me emocionei até com o último agradecimento da autora.
     A diagramação é simples, mas encontrei alguns errinhos no livro, a revisão poderia ter sido mais bem feita. Nada que tenha me atrapalhado a leitura.  

     Recomendadíssimo!