[Resenha] Palavras Envenenadas

sábado, 12 de maio de 2012

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 Palavras Envenenadas - Maite Carranza


Editora: Novo Conceito
Número de páginas: 256
Lançamento: 2011
ISBN: 978-85-63219-25-1
Skoob
Avaliação: 5/5

SinopseO que aconteceu com Bárbara Molina? Seu corpo nunca foi encontrado e nunca conseguiram provas para deter nenhum culpado. Uma ligação, para um celular, coloca o destino de muitas pessoas de cabeça para baixo: um policial que está para se aposentar, uma mãe que perdeu a esperança de encontrar sua filha desaparecida, e uma garota que traiu sua melhor amiga. Palavras Envenenadas é a crônica de um dia que passa rapidamente, lutando contra o tempo e protagonizado por três pessoas próximas a Bárbara Molina, que desapareceu misteriosa e violentamente quando tinha 15 anos. Um enigma que, depois de 4 anos, sem ser resolvido, começa a ser desvendado com novas provas. Uma história de suspense e mentiras, segredos, enganos e falsas aparências que aponta alguns mitos inquestionáveis. 


     Bárbara Molina fugiu de casa quando tinha 15 anos, mas algo deu errado e ela nunca foi encontrada. O inspetor Lozano procura Bárbara há 4 anos, mas chegou a hora de se aposentar e passar o cargo (e o caso) para Tony Sureda.

     Nuria, mãe de Bárbara, vive a base de remédios, respira por obrigação e se sente culpada por ter sido tão permissiva na educação da filha.

"Não há nada pior do que conviver com a incerteza, lamenta. (...) Não sabe se deve chorar e passar pelo período de luto ou se deve manter viva a chama da esperança. Esta dúvida, este ir e vir constante, foram-na corroendo."

     Bárbara está trancada num porão, assistindo Friends, sendo maltratada e passando até fome. E o mundo lá fora seguiu sem ela.
     Os capítulos são intercalados entre Bárbara, em 1ª pessoa, e os outros personagens, em 3ª. 
     Todas as pistas se foram até que, um dia, Bárbara consegue fazer uma ligação para sua amiga Eva, com quem tinha brigado antes de desaparecer. Vamos sabendo dos detalhes do desaparecimento e da investigação à medida que Lozano vai repassando as informações a seu substituto, Sureda. Juntos, vão descobrindo lacunas na investigação e fazendo novas suposições.
    Me senti comovida com a mãe de Bárbara. Ela não sabe o que fazer em nenhuma situação nem com sua própria vida, está consumida pela culpa e o marido está totalmente distante. Desde o desaparecimento da filha, ela se tornou uma mulher fraca e sem vida.
    Fiquei chocada com a revelação do sequestrador;alguém que eu nem cogitei. E a partir do momento em que eu soube quem ele era, não quis mais largar o livro. Precisava saber como terminaria a estória de Bárbara.

"É isso o que sou. Um animal dentro de uma jaula, fechada, prisioneira, nas mãos de um louco que me obriga a fazer coisas que não quero..."

   Com uma escrita simples, o livro traz temas importantes para refletirmos. Quantas Bárbaras não há por aí, que sofrem todo tipo de violência e não têm a quem recorrer?
     Recomendadíssimo!


     

2 comentários:

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